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Muse

sábado, 22 de novembro de 2008

A minha porta...
A minha porta é de facto (provavelmente como muitas outras) muito particular. É idêntica a muitas outras, mas tem um número certo de funções. A sua utilização é muito simples. Por cada situação vivida, tanto posso deixar a porta totalmente aberta, apenas encostada, ou pura e simplesmente trancada.
Quando a deixo aberta, deixo entrar sem receio quem quero bem. Não coloco qualquer tipo de restrições, e até chego mesmo a oferecer uma chave. Quando a deixo encostada, tem dois tipos de interpretação. Ou estou numa fase de fazer uma filtragem ou então estou a testar as capacidades do outro lado. É evidente que estou sempre atrás dela, pois posso não gostar da entrada, e então aí, empurro-a e fecho-a totalmente, mas por norma, é uma fase transitória...digo mesmo, de conhecimento. No que se refere à porta trancada, essa é mais selectiva. Uma experiência má que não quero voltar a viver, tranco e deito a chave fora. Uma situação dúbia...tranco-a, e também deito a chave fora, não vá eu ceder a uma tentação, e depois é complicado. Prefiro jogar pelo seguro. Como já disse algumas vezes, gosto de jogar e sentir a adrenalina, mas faço-o consciente dos meus limites, não deixando de arriscar, mas se não estou consciente do que vou fazer, nem perco tempo, e deito a chave fora. A tentação é algo que pode trazer resultados positivos mas os negativos também existem, e cheguei a uma altura da minha existência, que se puder evitar resultados negativos, então nem vou a jogo.
"Não feches totalmente a porta" ouvi várias vezes durante a minha vida. Com a vivência, fui tento cada vez mais chaves, e utilizo-as de acordo com as minhas convicções. Se já alguma vez me arrependi de ter oferecido uma chave? Não! Se já me arrependi de deixar a porta encostada? Já, pois houve entradas um pouco violentas para o meu gosto, levei com a porta na cara, e não achei muita piada. Mas aprendi...que quando tenho a porta encostada, além de estar atrás dela...mantenho uma certa distância...não vá o diabo tecer alguma, e assim tenho capacidade rápida de resposta. Se me arrependi de ter fechado a porta totalmente? É uma resposta complicada. Por um lado não, porque é uma defesa que criei. Por outro lado sim, porque fico algumas vezes com vontade procurar a chave que deitei fora...para o tal " e se..." (a tal tentação), mas depois caio em mim, e digo "deixa-te disso e segue em frente".
Estas são as funções da minha porta!

Knoc...Knoc...Knoc

4 comentários:

Anónimo disse...

A isso chama-se uma porta selectiva!

É sempre bom termos algumas defesas e essa é uma delas, como todas podem ser usadas na altura correcta e podem também ser usadas incorectamente, mas isso é a lei da vida....
Nem sempre acertamos....

Bjs

Anónimo disse...

A tua porta não será diferentes da maior parte das portas, há sempre a lei da "acção, reacção", dependendo da acção, a porta reagirá em conformidade.
É bom que todos e cada um de nós, tenha a capacidade de na altura certa saber abrir, encostar ou, pura e simplesmente fechar a nossa porta.
Mais um tema oportuno, o que não me admira a mim, nem a quem te lê.
Um beijo :)

Fênix disse...

Olá!

Desafio para ti no meu blog!

Abraço

By Me disse...

Ainda bem que temos o poder de abrir e fechar a porta quando assim o entendemos! Compreendo perfeitamente as tuas razões!
Gostei muito da foto